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Encontro celebra dez anos do Programa de Combate ao Racismo Institucional de Salvador

Colaboradores e lideranças voltadas para o combate ao racismo institucional na Prefeitura de Salvador estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (28), no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande, para celebrar os dez anos do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), avaliar os avanços e discutir ações a serem implementadas no futuro. O evento, criado e coordenado pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur), contou com a apresentação do cantor e compositor Tonho Matéria, mediação da jornalista Luana Assiz e apresentação teatral de estudantes da Escola Municipal Maria Dolores, em Tancredo Neves. 

Sobre os 20 anos de criação da Semur e 10 anos de PCRI, a secretária Ivete Sacramento lembrou que o programa foi a primeira política pública governamental de Salvador, construída de forma coletiva e aperfeiçoada de ano a ano. Para a gestora, o combate ao racismo institucional precisa ser entendido e aplicado, e cada um dos representantes dos núcleos do PCRI devem internalizar o significado de integrar o programa. 

“É preciso saber que Salvador é uma cidade preta, composta por pretos, que existe racismo e que nós precisamos combater esse problema de todas as formas, inclusive no âmbito institucional. Temos uma lei, racismo é crime. Agora, precisamos cumprir a lei, combater o racismo que está no interior das pessoas, ao qual precisamos combater e se insurgir contra ele. No campo institucional, não basta ser membro de um desses núcleos – se presenciar um ato de racismo, não pode ter medo de denunciar”. 

Titular da SPMJ, a secretária Fernanda Lordêlo fala da importância do PCRI e das demais ações afirmativas de proteção à cultura negra e combate ao racismo. “É uma pauta que deve ser tratada com frequência, de modo a fortalecer as ações da Semur, na medida em que temos que tornar a Prefeitura um lugar antirracista. Salvador, como uma cidade diversa, precisa cada vez mais de políticas públicas neste sentido, assim como servidores conscientes dessas práticas, para melhor atender à população. Todas as pessoas negras têm iguais competências e habilidades que lhe proporcionam ocupar todos os espaços na sociedade. Isso é o reconhecimento pleno de competências”. 

Além das secretárias, a mesa de discussões do encontro foi formada ainda pelos subsecretários Jairo João (Semur) e Walter Pinto Júnior (Secult), e por Evilásio Bouças, do Conselho Municipal de Comunidades Negras (CMCN). Essa é mais uma ação que busca instrumentalizar servidores para o enfrentamento do racismo, em busca de uma sociedade que seja verdadeiramente antirracista. Combater este mal é um dever de todos, sejam negros ou não. Este encontro tem como tema uma década de ações efetivas para o antirracismo executadas pela Prefeitura de Salvador”, declarou a coordenadora do Programa de Combate ao Racismo Institucional e de Ações Transversais da Semur, Oilda Rejane. 

Reconhecimento – Na parte artística do evento, alunas da Escola Municipal Maria Dolores apresentaram um espetáculo que discute o combate ao racismo e o fortalecimento da cultura negra. “É indescritível a grandeza de poder apresentar nosso trabalho fora do espaço que essas crianças estão acostumadas, sem contar na conscientização que proporciona a elas, por se enxergarem como negras, viverem e acreditarem no que realmente são como povo”, destacou o professor Lázaro Machado. 

Reportagem: Ana Virgínia Vilalva e Eduardo Santos/Secom PMS 

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