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Com apoio da Prefeitura, bloco Malê Debalê celebra a identidade afro-indígena em desfile no Campo Grande

O bloco afro Malê Debalê, entidade do movimento negro que é destaque no cenário musical baiano há mais de 30 anos, foi uma das presenças marcantes no Circuito Osmar (Centro) no sábado (10), durante o terceiro dia oficial do Carnaval de Salvador. Com um espetáculo composto por 21 alas coreografadas, mais de 600 dançarinos e 80 artistas percussionistas, o bloco apresenta nos dias de carnaval deste ano o tema “O que é bom, o Nordeste tem”.

As fantasias e coreografias apresentadas durante o desfile fazem referência às Ganhadeiras de Itapuã, à dança do Caboclo e Cabocla de Lança, ao Samba do Recôncavo Baiano, Capoeira, Maculelê, Bonecas de Pano da Kalunga, Bumba meu Boi, e aos orixás Ogum e Oxum, guardiões do Malê Debalê.

Neste ano, o bloco traz uma novidade para os três dias de desfiles ao convidar o grupo Quilombo PCD, para se apresentar em uma ala formada por 15 pessoas com deficiência. A apresentação teve como principal objetivo o acolhimento, letramento e autoestima da população negra PCD.

Além deste sábado, o bloco Malê Debalê volta à avenida na próxima segunda-feira (12), a partir das 19h. Na terça-feira (13), o grupo levará a beleza de seus adereços e reflexões sobre a história da nossa cidade ao Circuito Dodô (Barra/Ondina).

História do Malê Debalê – O Bloco Afro marcou os anos 80 e 90 pela afirmação da luta contra o racismo e pela ocupação de espaços pelo povo negro. O Malê nasceu de jovens moradores de Itapuã, em consonância com outros que residiam em outros bairros como o Garcia e o Tororó.

O nome “Malê” é em homenagem aos negros muçulmanos que, em 1835, realizaram um importante feito na história do Brasil, intitulado de Revolta dos Malês. Já o nome “Debalê”, criado pelos fundadores do bloco, traduz, de acordo com o fundador Josélio de Araújo, uma conotação de “positividade”, felicidade, ou qualquer tradução de caráter afirmativo.

Homenagem – O Malê Debalê é uma das entidades homenageadas pela Prefeitura de Salvador, que trouxe “Salvador Capital Afro” como tema da folia este ano. Inclusive, a gestão municipal destinou um investimento inédito para os blocos afros no Carnaval deste ano, com mais de R$8 milhões aplicados em apoio aos principais blocos da cidade, além da inclusão dos blocos afros femininos. Mais de 130 entidades de matriz africana independentes estão sendo apoiadas pela gestão municipal.

Reportagem: Mattheus Miranda/Secom PMS

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