Outra ação importante de estímulo à atividade econômica é a formação para empreendedorismo oferecida pela Semur. A qualificação é oferecida nas comunidades de maior concentração de população negra.  O trabalho já foi realizado nos bairros de Itapuã, Boca do Rio, Fazenda Grande e Uruguai.

Segundo o secretário Ailton Ferreira, a formação teve foco na elevação da autoestima, que é abalada pelo racismo. “Nessa formação, procuramos mostrar que todos podem se tornar empreendedores, atuando em diferentes atividades. Qualquer negócio pode ser bem-sucedido se for bem planejado. Queremos dar às pessoas as opções de ter o próprio negócio e depender apenas de uma oportunidade de emprego”, explica.

A Semur também atua na inclusão de empresários afrodescendentes, de forma a promover a expansão de seus negócios. “Criamos um Grupo de Trabalho que já realizou um encontro com 70 empresários nas Faculdades Olga Mettig este ano. Também provemos um encontro com empresários negros norte-americanos para que pudéssemos conhecer sua experiência”, conta Ferreira.

Segundo o secretário, o próximo passo é mobilizar os bancos, especialmente os estatais, para fomentar o desenvolvimento dos empresários negros. “Temos que fazer essa reparação. Quando os imigrantes europeus e orientais vieram para o Brasil, receberam terras e recursos para se estabelecer. Queremos que o empreendedor negro também tenha incentivos para crescer economicamente”, disse.